quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Felizes com a melancia

Produtores da região noroeste de São Paulo que investiram no cultivo de melancia têm muitos motivos para comemorar. O clima colaborou e, mesmo no pico da safra, o preço está bem melhor que na mesma época do ano passado.
O agricultor Sebastião Donizete da Silva escolhe com cuidado as frutas que serão vendidas. Nesta época do ano, ele trabalha dobrado para dar conta de tantos pedidos.
A melancia é muito apreciada por sua fartura e preço baixo. Nesta época de final de ano a produção chega a ser 25% maior. A safra da fruta dura o ano todo, mas são nos meses mais quentes, como dezembro, que a produção aumenta. Este mês, ela é vendida por até R$ 0,50 o quilo. É o dobro do valor no mesmo período do ano passado.
Um levantamento da Secretaria Estadual de Agricultura mostra que o cultivo da fruta é feito por apenas 22 produtores em toda a região noroeste de São Paulo. Para o agrônomo Márcio Castilho, a melancia é uma boa opção para diversificar o plantio.
O agricultor Antônio Joaquim Moreira cultiva melancia há mais de 20 anos. Na propriedade as frutas ainda estão se desenvolvendo. Entre o plantio e a colheita são dois meses e meio. Este ano, ele espera uma produtividade de 33 toneladas por hectare.
São Paulo produz 7% da melancia no país. O principal produtor da fruta é o Rio Grande do Sul, com 27% da safra.
FONTE:  GLOBORURAL

Crise do melão

A exportação de melão do Rio Grande do Norte caiu 12% este ano. Com problemas para vender para a Europa, tem produtor em busca de negócios no mercado interno.
O Rio Grande do Norte é o segundo maior exportador de melão do país. O primeiro é o vizinho estado do Ceará. Juntos, os dois respondem por quase 100% do que sai do Brasil para a Europa. Mas nos três últimos anos o setor tem enfrentado uma crise.
“Nós temos até a primeira semana de dezembro uma redução em torno de 14% de melão do Brasil consumido na Inglaterra em relação ao ano passado. Isso é preocupante. A Espanha também reduziu a importação”, disse Francisco Vieira, membro do Comitê de Fitossanidade do Rio Grande do Norte.
Com os negócios externos afetados, o número de empregos diminui. O setor empregou na safra passada 12 mil trabalhadores. Agora, está com menos de 11 mil. Nessa mesma época do ano passado, haviam sido enviadas para a Europa 6,8 mil toneladas. Foram 800 a mais do que agora.
Uma das soluções pode estar no caminho seguido pelo agricultor Ajax Dantas. Em 200 hectares ele tem produzido melão com a mesma qualidade para o mercado externo e interno. Por causa da crise na Europa, ele tem apostado no mercado nacional.
O Rio Grande do Norte é responsável por 30% da safra nacional de melão.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Abacaxi vitória

Os agricultores do Espírito Santo estão bastante contentes com o resultado, no campo, de uma nova variedade de abacaxi, a vitória. O fruto tem se mostrado resistente à fusariose, a principal doença da cultura.
O agricultor Alessandro de Oliveira é pioneiro na produção do abacaxi vitória. Na propriedade, no município de Jaguaré, na região norte do Espírito Santo, as primeiras frutas já estão sendo colhidas. São 40 mil pés da nova variedade. Segundo ele, o plantio é experimental e os resultados já agradam.
O abacaxi vitória é fruto de dez anos de pesquisas do Incaper. Foi feito um trabalho de melhoramento genético para se chegar às primeiras plantas. O resultado é uma fruta mais uniforme, sem espinhos na planta e na coroa.
O que mais agradou o produtor foi a resistência a fusariose, principal doença que ataca a produção desse abacaxi. Ela é provocada por um fungo e causa uma ferida na fruta, o que impede que a produção seja comercializada.
Segundo o Incaper, Instituto Capixaba de Pesquisa Técnica e Extensão Rural, o abacaxi vitória tem outras vantagens. Ele é mais consistente, mais doce e rico em poupa. Outro fator que colabora com o trato da fruta é o tamanho da coroa. Além de não ter os espinhos, é bem menor.
O programa de melhoramento genético que deu origem à variedade vitória começou em 1984.


FONTE : GLOBORURAL